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Subnutrição e adoecimento

  • alexandre6504
  • 14 de mai.
  • 3 min de leitura

Há bem pouco tempo ainda ouvíamos dizer de adultos e crianças brasileiros que, por dificuldade de acesso a uma boa alimentação e às condições básicas de higiene, sofriam com o drama da desnutrição, das doenças infecciosas e da morte em idade precoce. À exceção de raros bolsões de miséria ainda persistentes, assistimos, felizmente, à progressiva melhoria destes indicadores sociais em nosso país.



Todavia, um grupo populacional ainda convive com a desnutrição e com suas danosas consequências, independente da classe econômica a que pertençam: a dos idosos frágeis. Trata-se de uma situação pouco investigada e, por consequência, identificada somente em situações de agravo brusco da saúde. A desnutrição ocorre em 40% dos idosos que vivem na comunidade e pode variar entre 20 e 60% daqueles institucionalizados. Um idoso dependente de cuidados constantes, por exemplo, confinado à sua residência e que adquira uma pneumonia, certamente exigirá tratamento mais prolongado que, muitas vezes, será menos eficiente pela coexistência do estado nutricional precário.



O aumento das necessidades nutricionais, a diminuição do apetite, a dor, a depressão e as alterações do nível de consciência, numa situação como a descrita, pioram o estado nutricional e provocam rápida perda de peso. Nessa etapa, ocorre o acamamento prolongado e o risco de complicações se eleva. Caso o paciente atinja a convalescença, dificilmente retornará ao seu estado anterior, agravando-se ainda mais o estado de dependência.



E quais seriam os requisitos essenciais ao se buscar uma dieta equilibrada, particularmente no grupo dos indivíduos mais velhos e adoecidos?



1. Adequado aporte de proteínas – as proteínas mantêm a estrutura muscular, nossas defesas corporais e a formação de diversas enzimas. É bom lembrar que a massa muscular se reduz 8 a 10% por década, a partir dos 40 anos, significando menor força para as atividades de vida diária.



2. Fornecimento correto de energia – apesar do gasto de energia se reduzir com o envelhecimento corporal, algo próximo a 150 quilocalorias por década, determinadas situações como doenças crônicas, fraturas e infecções exigirão maior consumo energético e perda do peso magro (músculos e ossos). Uma perda de peso de 5% em três anos praticamente dobra a taxa de mortalidade.



3. Reposição regular de micronutrientes – a ingestão diminuída, a redução da sua absorção intestinal e o uso de determinados medicamentos podem exigir a reposição de vitamina D, cálcio, zinco, selênio, ácido fólico e vitamina B12 em idosos debilitados. Aproximadamente metade dos idosos tem deficiência da vitamina D, que é fundamental na saúde óssea, força muscular, imunidade corporal, função cerebral e cardiovascular. A baixa exposição à luz solar também agrava esta situação. O cálcio é essencial na composição da massa óssea e na função neuromuscular. A dieta tradicional dos idosos quase sempre deixa a desejar na oferta deste elemento. Associam-se à ingestão insuficiente, a absorção reduzida no intestino, especialmente na deficiência associada da vitamina D. Num idoso frágil, sujeito a quedas, o consumo irregular de cálcio contribui para as tão temidas fraturas e suas consequências. Quanto ao zinco, selênio, ácido fólico e vitamina B12, estes são elementos essenciais na alimentação do indivíduo idoso, com funções importantes nos processos inflamatórios e cognitivos.



4. Ingestão diária de fibras – as fibras são primordiais no correto funcionamento intestinal e contribuem no controle de doenças cardiovasculares, diabetes e determinados tipos de câncer.


Logo, indivíduos mais velhos, sob risco iminente de adoecimento, não devem prescindir de correções regulares de seu estado nutricional.     




Alexandre Avellar Alves

Especialista em Geriatria e Medicina Interna



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