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Desmaio: o que causa e como proceder

  • alexandre6504
  • 14 de mai.
  • 3 min de leitura

O desmaio, em linguagem médica chamado de síncope - do grego pausa, suspensão - é um sinal clínico que pode acometer indivíduos de qualquer faixa etária e invariavelmente gera apreensão. É caracterizado pela perda súbita e transitória do estado de consciência, com perda do tônus muscular (daí a queda) e recuperação espontânea. Habitualmente motiva uma consulta ao médico, por vezes em prontos-socorros, em que o indivíduo quase sempre chega plenamente restabelecido.



As estatísticas médicas revelam que pelo menos 3% dos adultos jovens e saudáveis sofrem um episódio de síncope durante a vida, enquanto entre idosos este índice chega a mais de 23%. A possibilidade do evento se repetir durante a vida, quando não investigado e tratado, se aproxima de 35%.



O que de fato atemoriza as pessoas é a existência de algum risco de morte associado a esse brusco apagamento da consciência. Os sinais e sintomas associados podem assustar bastante, já que, ao recobrar os sentidos, a pessoa ainda pode apresentar sudorese, palidez e sonolência. Entretanto, a grande maioria dos eventos tem uma causa benigna e é autolimitada, ou seja, resolve-se por si mesma independente da intervenção médica. Exemplo comum é a chamada reação vaso-vagal que algumas pessoas manifestam em situações de estresse agudo, como coleta de sangue ou procedimentos odontológicos, ou a hipotensão ortostática motivada por longos períodos na posição de pé em ambientes expostos ao sol. Há também o desmaio relacionado a desordens emocionais, uma manifestação psicossomática de ansiedade em que o indivíduo não perde a consciência, apesar de aparentá-lo.



Como sempre ressaltamos, importa aqui estabelecer a causa antes de tudo, pois quando a síncope tem uma origem cardiológica ou neurológica, as coisas mudam de figura e podem se relacionar a doenças com maior potencial de gravidade. Dentre as causas cardíacas, as mais comuns são as arritmias, o infarto do miocárdio e as doenças das válvulas cardíacas, situações que dificultam a chegada do volume sanguíneo necessário ao cérebro. Das doenças neurológicas que podem provocar um desmaio é sempre importante estar atento às epilepsias (nem sempre acompanhadas dos sinais de convulsão que todos conhecemos) e aos acidentes vasculares cerebrais ou derrames. Nesse grupo de doenças neurológicas também não podemos nos esquecer das quedas da pressão arterial relacionadas à neuropatia dos diabéticos de longa data, quando o organismo passa a ter dificuldades em corrigir rapidamente a pressão arterial quando o indivíduo fica de pé.



Outras causas menos comuns, nem por isso desconsideráveis, são a síncope pós prandial (relacionada às refeições), aquelas relacionada à tosse, defecação ou micção e a síncope causada por medicamentos que provocam redução da pressão arterial.



Enfim, diante de uma vítima de desmaio que não aparenta ter complicações e que tenha recobrado a consciência, o importante é manter a calma, não tentar levantá-la do chão de imediato e buscar informações sobre eventos semelhantes no passado. Dados sobre uso de medicações, bebidas alcoólicas e sintomas que precederam a perda da consciência também são muito relevantes e devem ser repassados ao médico que prestará o primeiro atendimento.



Já em situações mais complexas, que envolvem parada cardiorrespiratória em locais públicos ou no domicílio, é necessário um conhecimento mínimo em como realizar a reanimação para que ela seja bem sucedida. Afinal, estatísticas estadunidenses indicam que apenas 5 a 8% das vítimas de parada cardíaca fora do hospital sobrevivem. Diante disso, a Associação Americana de Cardiologia, através de seu comitê de emergências cardíacas, propôs em 1992 a existência de desfibriladores cardíacos automáticos externos em grandes eventos e em locais que aglomerem dez mil ou mais pessoas. Associado ao treinamento em suporte vital básico, plenamente acessível ao público leigo, qualquer cidadão estaria capacitado a prestar o primeiro atendimento até a chegada de pessoal especializado.



Alexandre Avellar Alves

Especialista em Geriatria e Medicina Interna



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