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O que você deveria saber sobre anemia

  • alexandre6504
  • 14 de mai.
  • 3 min de leitura

Fadiga, palidez, cansaço fácil, palpitações e falta de ar: quem desconfiou que os sintomas correspondem à anemia acertou. Afinal, estes sintomas clássicos podem ser causados pela diminuição da concentração de hemoglobina em nosso sangue, que pode ser facilmente constatada através de um hemograma. Então, o próximo passo é dar uma vitamina à base de ferro e está tudo resolvido, não é mesmo? Bem, a partir daí não é tão simples assim...



Inicialmente é importante entender que essa baixa concentração de hemoglobina dentro dos glóbulos vermelhos, que circulam em nosso sangue, dificulta a chegada de oxigênio aos tecidos e pode ter várias causas. Outra informação importante é que nem sempre aqueles sintomas aparecem, mesmo que a taxa de hemoglobina esteja muito baixa. Nos casos em que a instalação da anemia foi lenta, o organismo se adapta progressivamente à privação de oxigênio.



Ao falarmos da anemia e sua investigação, muitas informações importantes já podem ser retiradas de um simples hemograma, que qualquer laboratório realiza. Pode haver indícios de anemia causada por doenças crônicas, de anemias carenciais (por falta de algum nutriente) ou de anemias decorrentes de defeitos genéticos na síntese da hemoglobina. A forma, a quantidade e o tamanho do glóbulo vermelho que o técnico vê no microscópio são os primeiros sinais indicativos das diversas causas de anemia.



Analisado o hemograma, então o médico guiará sua pesquisa laboratorial buscando responder às seguintes perguntas: se meu paciente tem carência nutricional, ela é de ferro, vitamina B12 ou ácido fólico? Há alguma perda sanguínea crônica, não percebida? Alguma restrição alimentar ou abuso alcoólico justificam essa carência? Se meu paciente tem uma doença crônica, como a insuficiência renal ou a cirrose hepática, ela pode explicar a anemia que encontro? Por outro lado, percebo que está ocorrendo uma destruição maciça de glóbulos vermelhos, denominada hemólise: será pelo uso de algum medicamento, alguma doença autoimune, algum crescimento anormal do baço ou este paciente tem alguma herança genética que inviabiliza a presença da sua hemoglobina dentro dos glóbulos vermelhos? Vejo que nada disso ainda explicou a anemia que o paciente apresenta: será que há algo inibindo a produção de sangue na medula óssea? Havendo defeito na medula óssea, é reversível ou tratável?



Bem, logo percebemos que a identificação da causa das anemias é fundamental, apesar de extensa. A atitude intempestiva de se tratar a anemia, como se fosse uma receita de bolo, pode adiar o reconhecimento de outras doenças até mais graves.



Vale lembrar que nos indivíduos portadores de doenças pulmonares crônicas, insuficiência cardíaca, insuficiência coronariana e insuficiência vascular cerebral os sintomas dessas doenças ficam muito mais exuberantes se a anemia estiver presente. Afinal, nessas enfermidades já há uma dificuldade de oxigenação dos tecidos e órgãos que será agravada pela queda da hemoglobina no sangue circulante.



Concluída a propedêutica ou pesquisa, o médico estará capacitado a tratar a anemia de seu paciente. Como a maioria dos casos na população é causada por carência na ingesta nutricional, o uso de medicação oral resolverá o problema, desde que o tempo de uso seja suficiente para corrigir os estoques do nutriente faltante. Poucos casos exigem transfusão de elementos do sangue, que só deve ser utilizada em situações bem estabelecidas. Nas demais situações, o tratamento da doença que provocou a anemia – ou se manifestou através dela – é o procedimento mais correto e que poderá se mostrar eficaz.



Alexandre Avellar Alves

Especialista em Geriatria e Medicina Interna



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