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Nem todo tremor é doença de Parkinson

  • alexandre6504
  • 14 de mai.
  • 2 min de leitura

Ao fazer esta afirmação, ao final da consulta, o médico poderá trazer de volta a tranquilidade de muitos de seus pacientes. Expliquemos melhor: o imaginário popular consagrou a associação entre o tremor, especialmente das extremidades das mãos, à doença de Parkinson. Portanto, se algum tipo de tremor ocorre, logo vem à mente do indivíduo afetado a lembrança de um caso dramático, geralmente mal sucedido, de algum portador dessa doença.



A medicina define o tremor como um fenômeno involuntário, resultante de um desequilíbrio entre as ações de músculos agonistas, que favorecem o movimento conhecido do membro, e dos músculos antagonistas, que impedem este mesmo movimento. O tremor pode ser percebido na ação – quando o indivíduo executa movimentos com o membro afetado – ou no repouso – quando o membro afetado está relaxado e inerte.



A partir desta distinção, um amplo leque de diagnósticos poderá explicar a razão do tremor, que engloba desde causas fisiológicas, normais, até doenças cerebrais mais graves que a própria doença de Parkinson, como tumores, lesões vasculares, doenças degenerativas e sequelas de traumas cranianos.



A boa notícia, que nós médicos gostamos de comunicar ao final da consulta, é que a grande maioria dos indivíduos que nos procuram em nossos consultórios são portadores de tremor fisiológico ou de tremor essencial. E como podemos identificá-los?



Bem, o tremor fisiológico é um tremor postural que todos temos e que pode ser desencadeado por emoção, exercícios físicos, cansaço muscular, ansiedade e febre. É um tremor transitório, mantido por curto período e dependente da ação do sistema nervoso simpático. Ele pode se prolongar como consequência de algumas doenças ou de situações anormais (hipertireoidismo, hipoglicemia e tumores das glândulas suprarrenais), com o uso de diversos medicamentos (remédios para a asma, por exemplo) e até com o abuso de café. Geralmente é perceptível nas mãos.



Já o tremor essencial é muito confundido com a doença de Parkinson porque tende a ser persistente e muito notado, pois também acomete as mãos. Contudo, pode envolver a voz, as pernas, a mandíbula, o tronco e a língua. Não é incapacitante nem progressivo. Ocorre em indivíduos jovens e idosos e não se acompanha da lentidão e da rigidez, típicas da doença de Parkinson. Parece ter caráter genético, mas pode nunca se manifestar. Outra característica curiosa é que ele se manifesta durante a realização do movimento, normalmente em ambos os lados do corpo, e piora quando o indivíduo se sente observado e está tenso. Pode desaparecer em alguns momentos do dia, como se nem existisse. O tremor essencial só deve ser tratado quando se torna incômodo ou causa constrangimento social, habitualmente com uma única medicação.



Ao nos depararmos com o desagradável fenômeno de tremores involuntários, portanto, é imprescindível a identificação do diagnóstico antes de nos angustiarmos com a expectativa de um curso desfavorável. E mesmo que uma síndrome parkinsoniana seja identificada, sua evolução clínica pode ser atenuada se precocemente abordada com medicação específica, medidas fisioterápicas e reabilitação física.



Alexandre Avellar Alves

Especialista em Geriatria e Medicina Interna



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