top of page
Buscar

Insônia – quando se preocupar com ela?

  • alexandre6504
  • 14 de mai.
  • 3 min de leitura

Você já se sentiu solitário em sua cama, no meio da noite, com a nítida certeza de que todas as pessoas do mundo estão dormindo e que só você permanece acordado? E que ao se lembrar dos compromissos do dia seguinte suas preocupações ganham um tamanho enorme, indo e vindo a todo instante? E a sensação de fadiga, então, mesmo estando deitado há horas?



Atribuímos a esse fenômeno chamado insônia, a incapacidade de iniciar ou manter o sono reparador, que nos assegura suficiente bem estar e estado de alerta no desempenho de nossas atividades diurnas. Apesar de ser um evento comum, geralmente não é diagnosticado ou tratado adequadamente. Há evidências de que apenas 5% dos portadores de insônia procuram serviços médicos em busca de alívio e que, estando na presença do médico por outros motivos, aproximadamente 70% das pessoas insones não relatam esta queixa.



A insônia geralmente aparece no adulto jovem, é mais frequente em mulheres e geralmente tem uma evolução crônica, ao longo de anos. Quando não há uma causa aparente, como os transtornos mentais ou doenças clínicas, é chamada de insônia primária. Pode aparecer como dificuldade de pegar no sono – insônia de indução ou inicial – ou de manter o sono – insônia intermediária ou de manutenção.



Habitualmente, como um fator precipitante não é identificado, é importante que fatores mantenedores sejam pesquisados, especialmente o estado de hiperalerta, a predileção por ficar acordado até mais tarde, o uso de cafeína e cigarros, prática de exercícios físicos vigorosos à noite, calor ambiental excessivo, ruídos, preocupações e uso de aparelhos eletrônicos. O despertar no meio da noite, em decorrência desses fatores, precipita a ativação do sistema nervoso simpático e, por consequência, a elevação da frequência cardíaca e da pressão arterial. O organismo se comporta como se fosse o momento de despertar, causando por vezes sintomas de desconforto físico.



Lamentavelmente a insônia primária decorre de uma tensão somatizada, como se o corpo tivesse um condicionamento de despertar ao se deitar para dormir. Daí ser comum o indivíduo adormecer em situações monótonas, ao assistir TV, ao ler no sofá e perder o sono quando vai para a cama. É importante entender que a insônia, em outras situações médicas, deve ser encarada com um sintoma. Por isso ela passa a ser chamada de insônia secundária e normalmente decorre de doenças respiratórias, neurológicas, cardíacas, ortopédicas e psiquiátricas.



Nessa condição é fundamental o diagnóstico médico correto, uma vez que o tratamento da doença de base alivia a insônia. A insônia não tratada pode levar a alterações do humor e a pequenos déficits cognitivos, como irritabilidade, redução do desempenho da memória, dificuldade de concentração e fadiga. Paralelamente, crescem os riscos de acidentes de trabalho, domésticos e de trânsito, bem como o consumo abusivo de álcool com finalidade indutora de sono.



Considerando que a causa da insônia foi corretamente identificada e que possíveis doenças associadas estejam controladas, é possível ao médico se valer de tratamentos não farmacológicos, farmacológicos ou combinados. Entre os tratamentos não farmacológicos estão as terapias comportamentais (higiene do sono, controle de estímulos, restrição de tempo na cama, relaxamento por biofeedback), terapias cognitivas (reestruturação, intenção paradoxal) e fototerapia.



Já em relação aos medicamentos, as opções atuais passam pelos sedativo-hipnóticos, antidepressivos com ação sedativa, fitoterápicos e melatonina. Importante mesmo é você estar atento e não admitir a insônia persistente como ocorrência normal. Vale a pena discutir com seu médico de confiança a melhor maneira de abordar o problema. 



Alexandre Avellar Alves

Especialista em Geriatria e Medicina Interna



ree

 
 
 

Comentários


Contatos para agendamento:

Whatsapp:  (35) 8889 - 3303

Telefones:  (35) 3721-5784 ou

(35) 3721-5784

Rua Maranhão, 100 – Centro

Poços de Caldas – MG

whatsapp.png
1481216602.jpg
1481216713.jpg

© 2035 by Dr. Alexandre Avellar. Powered and secured by Wix 

bottom of page