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Exercícios físicos na idade adulta: por que praticar?

  • alexandre6504
  • 14 de mai.
  • 3 min de leitura

Cena 1: Manhã ensolarada. Homem seminu avista o antílope pastando distraidamente e dá sinais de sua presença aos outros homens que já estão devidamente preparados, empunhando cada um sua lança pontiaguda. Todos salivam, respiram apressadamente e aguardam apenas o sinal de ataque do líder. A corrida é intensa, longa e exaustiva.



Cena 2 : Todos saboreiam a carne tostada em torno da grande fogueira. Celebram a saciedade depois da grande caçada. Uma enorme carcaça fumegante atravessará aquela noite e mais ninguém se incomodará, por alguns dias, com os chamados da fome.



Cena 3 : Domingo após o almoço, alto verão, celular desligado. Homem seminu ajeita a calça do pijama, abre a geladeira e apanha a latinha no congelador. Ao passar diante do espelho se vê refletido, tenta encolher a barriga sem sucesso, dá-lhe dois tapinhas e logo dela se esquece na cuidadosa função de picar o salaminho. Liga o controle remoto da TV, desliga a si próprio e dorme o resto da tarde no sofá.


Cena 4 : Todos salivam em fila, impacientes e hipnotizados, aguardando sua vez de escolher. Domingo já é noite. Homem faminto, agora vestido e de pé, observa o grande painel de fotos de sanduíches à sua frente. Todos fazem suas escolhas, muito sérios e criteriosos, não sem antes reservarem um sorvete, à guisa de sobremesa. Repasto terminado, entram todos em seus automóveis e voltam para casa, repletos de calorias.



Desde tempos imemoriais fomos formatados geneticamente para acumular reservas calóricas; afinal, nunca poderíamos saber quando estariam disponíveis os vegetais que colhíamos ou os animais que caçávamos. Nossa intensa atividade corporal, desde o raiar do dia, servia apenas à nossa sobrevivência. Entretanto, mesmo com o passar dos séculos e nossa progressiva instrumentalização, nosso organismo em nada se modificou. Ele havia aprendido a armazenar, armazenar e gastar depois. Resultado? Passamos a nos tornar cada vez mais sedentários, gastando menos energia, acumulando gorduras e problemas.



Tempos modernos, a mesma tecnologia que nos permite alcançar a pizza mais próxima sem sair do lugar, subir oitenta degraus sem dar um único passo, estranhamente nos oferecerá potentes remédios que desobstruirão nossas coronárias ou, se necessitarmos, cortes precisos que devolverão às nossas coronárias algum fluxo de sangue. Contudo, vasto mundo que dá voltas e volta: a Organização Mundial de Saúde recentemente propõe que as mudanças nos hábitos de vida são, de longe, as medidas de prevenção primária mais eficazes na redução da mortalidade geral e, em especial, das mortes causadas pelas doenças cardiovasculares. E, dentre estas medidas, está o exercício físico regular.



Muito bem, doutor. Estou convencido, mas como eu devo me exercitar?



Bem, para que o exercício seja eficaz, podemos utilizar as recomendações da Associação Americana de Medicina Esportiva, que basicamente preconizam:



1. Exercícios do tipo aeróbico (caminhada, natação, hidroginástica, bicicleta, trote) de preferência precedidos por avaliação médica (para os que têm mais de 40 anos ou alguma doença cardiorrespiratória);



2. Frequência mínima de três dias na semana, se possível intercalados;



3. Um gasto mínimo de 300 calorias por sessão de exercício. Uma caminhada em que se percorra 6 km em 1 hora atinge este objetivo;



O ideal é que adultos sedentários sejam orientados individualmente, reavaliados em períodos regulares e que tenham seus programas de exercícios sempre modificados. Certamente haverá ganho crescente de performance, motivação para a vida esportiva, recuperação da auto estima e eliminação consistente dos fatores de risco modificáveis.



Alexandre Avellar Alves

Especialista em Geriatria e Medicina Interna



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